sexta-feira, 20 de outubro de 2017

AUMENTO NOS PLANOS DE SAÚDE

O relator do projeto que quer modificar a lei dos planos de saúde, Rogério Marinho (PSDB-RN), afirmou ao GLOBO que a proposta pretende corrigir desequilíbrios no sistema de saúde suplementar. Para ele, a diminuição das multas aplicadas em casos de infração, que deixam de ter um piso de R$ 5 mil e passam a ser graduais, e o cerco à judicialização corrigem desproporcionalidades que prejudicavam as empresas, sobretudo de médio e pequeno porte. Ele ressalta que é importante escutar o consumidor, mas as normas também devem garantir que companhias menores não quebrem:

— A diminuição das multas procura guardar proporcionalidade com o ilícito. Nós temos casos de negativa de um hemograma em que se cobra multa de R$ 80 mil. Os grandes planos diluem isso, mas, para pequenos e médios planos, é mortal. Essa diminuição de multas quero deixar claro, não retira a responsabilidade da empresa de fazer o procedimento. Nossa preocupação foi equilibrar o processo.
Para o relator, não interessa a ninguém a falência de planos menores e a concentração da saúde suplementar, que, segundo ele, são alimentadas pelas normas atuais.

SEGURANÇA JURÍDICA
Marinho defende ainda a redução da judicialização no setor, deixando mais claro, na lei, que os planos têm de cumprir apenas o que está estabelecido contratualmente. E lembra que a conta dos procedimentos autorizados na Justiça é distribuída entre os usuários dos planos de saúde, por meio de reajustes anuais. Outro ponto que visa a conter o impacto da judicialização é a exigência de que juízes tenham de consultar uma equipe técnica para emitir parecer em casos de saúde, desde que não haja urgência ou risco de morte. Marinho ressalta que essa foi uma recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

— O que nós dissemos no projeto é que o que está fora do rol não pode ser concedido pelos planos de saúde. Estou reiterando o que está no contrato, não estou inventando nada, apenas dando maior segurança jurídica a esse processo. Acredito que isso é bom para o consumidor e para o gestor do plano. Não interessa a ninguém que haja um desequilíbrio nesse processo. Quanto mais sadio for o setor, melhor para todo mundo — argumenta.

Por outro lado, o deputado destaca como positivo para o consumidor o parcelamento do reajuste de idosos. Ele acredita que isso resolve uma distorção que fazia com que vários usuários tivessem de abandonar o plano por não terem condições financeiras para arcar com ele. O relatório apresentado anteontem prevê que o último reajuste por faixa etária, hoje concentrado aos 59 anos, possa ser diluído ao longo dos 20 anos seguintes, com parcelas iguais a cada cinco anos.

EXPECTATIVA DE APROVAÇÃO EM NOVEMBRO
Com vários dos itens polêmicos deixados de fora da discussão, Marinho diz estar otimista em relação à aprovação rápida na comissão especial que trata do assunto. E que há condições de que o projeto seja aprovado no plenário da Câmara dos Deputados até o fim de novembro. Antes da sanção, o texto ainda tem de ser votado pelo plenário do Senado.

Para Marinho, a discussão acerca dos planos de saúde não deve acabar com o projeto. O deputado explica que outros itens terão, eventualmente, de ser discutidos pelo Congresso no futuro. Um exemplo é a criação de planos segmentados, com um rol menor de cobertura — muitas vezes regional — que permita preços menores e maior acesso por pessoas que vivam em cidades pequenas. Na avaliação dele, este não é o momento para essa discussão, mas será necessário voltar a ela futuramente:


— O projeto visa a corrigir e racionalizar algumas situações, mas não é um fim em si mesmo. Acho que há outros problemas que precisam ser enfrentados, e esse não é o veículo ou o momento político adequado.



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

DETRAN FAZ MUTIRÃO

Detran-RJ montou um plano de contingência para atender a população afetada pelas paralisações de funcionários terceirizados que prestam serviço nos postos de atendimento do estado. Um calendário especial do Detran Presente será realizado a partir desta quarta-feira. Ao todo, serão realizados cinco cinco mutirões, um na capital e outros quatro no interior do estado, entre os dias 18 e 26 de outubro. Segundo o Detran, cerca de 2,5 mil pessoas ficaram sem atendimento em todo o estado somente nesta segunda-feira, em decorrência das paralisações.

O primeiro mutiraão de atendimento posto do Detran na Avenida Francisco Bicalho, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, das 9h às 16h. Neste mutirão, serão oferecidos os serviços de habilitação - o mais afetado na capital – e vistoria para os usuários que já estavam agendados e não conseguiram realizar o atendimento. De acordo com o Detran, não haverá necessidade de agendamento.

Na quinta-feira (19.10), o mutirão vai para a cidade de Resende, no sul fluminense, no posto da Rua Macedo Miranda, no Bairro Comercial. No dia 21, o Detran Presente estará em Barra Mansa, também no sul fluminense, no posto localizado no Parque da Cidade, na Avenida Prefeito João Chiesse Filho.

Nos dias 24 e 26 de outubrio, os atendimentos em massa serão realizados, respecitivamente, nas cidades de Três Rios, no Centro-Sul Fluminense, e em Volta Redonda, em locais que ainda serão definidos. Os agendamentos estão abertos no site do Detran (www.detran.rj.gov.br).

"O cidadão do estado não pode ficar sem alternativa de prestação de serviços. Por isso, estamos fazendo um grande mutirão para continuar atendendo a população enquanto os problemas jurídicos não são resolvidos. O Detran entende o posicionamento dos funcionários das empresas terceirizadas, e reafirma o compromisso com os cidadãos do Estado em oferecer atendimento e serviços de qualidade, mas também reafirma sua conduta e responsabilidade com as questões jurídicas”, afirma Vinicius Farah, presidente do Detran-RJ. Ainda segundo Farah, os municípios das regiões do Sul Fluminense e do Médio Paraíba foram os mais afetados, e por isso os atendimentos em massa se concentrararão nesses locais.

Durante os mutirões, os cidadãos podem emitir a primeira e a segunda via da carteira de identidade, renovar a Carteira Nacional de Habilitação, fazer a vistoria anual dos veículos, emitir o licenciamento anual sem vistoria e abrir recursos contra multas e processo de suspensão. A lista completa de serviços está disponível no site do Detran.


Alguns serviços, como primeira e segunda via da identidade, comunicação de venda de veículos e atualização de endereço, não necessitam de agendamento. Outros – como o licenciamento anual, emissão de segunda via do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e renovação da Carteira Nacional de Habilitação - precisam ser agendados no site do Detran.





                                                           Fonte: Jornal O Globo


FRANGO: OMC DECIDE A FAVOR DO BRASIL

A Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu favoravelmente ao Brasil em painel em que o país contestava medidas restritivas impostas pela Indonésia na importação de carne de frango brasileira, informaram nesta terça-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o Barral M Jorge & Associados, que deram suporte ao governo brasileiro no caso.
A disputa foi iniciada em 2014 depois de anos de tentativas de negociação direta do governo brasileiro com o governo da Indonésia sobre barreiras consideradas fora das normas da OMC.
O Ministério das Relações Exteriores não comentou imediatamente o assunto.
De acordo com o governo brasileiro, há um mercado potencial de exportação de carne de frango do Brasil de 70 milhões de dólares ao ano para o país asiático.

O Brasil é o maior exportador global de carne de frango. No ano passado, as exportações brasileiras do produto somaram 4,384 milhões de toneladas, com receita de 6,848 bilhões de dólares, de acordo com dados da ABPA.


                                                    Fonte: Diário Comércio Indústria e Serviços

PROCURA-SE INTERVENTOR PARA A OI

O governo vem tendo dificuldade em encontrar um nome para ser o interventor da Oi. De acordo com uma fonte, o caso da tele carioca é complexo e os nomes que foram sondados não mostraram muito interesse em assumir o comando da empresa, que está em processo de recuperação judicial desde junho do ano passado e tem dívidas de cerca de R$ 64 bilhões.

Um interventor só será nomeado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) caso a Oi sofra um processo de intervenção. Nesse processo, a diretoria executiva da companhia é destituída, e o Conselho de Administração da Oi é afastado por tempo indeterminado.

— As pessoas estão reticentes em assumir o posto de interventor, dada a complexidade que vai se armando em torno da Oi, seja com as brigas entre o Conselho de Administração e a diretoria executiva, o processo de caducidade que está em análise da Anatel e o imbróglio envolvendo a dívida de R$ 11 bilhões entre Oi e Anatel. Não está fácil. Se tiver que acontecer a intervenção, vai ser até dificil achar alguém. Tem que ter alguém. Mas não tem nome ainda — disse essa fonte.

O assunto já foi debatido pelo grupo de trabalho montado pelo próprio governo, que é liderado pela Advocacia-Geral da União (AGU). Por isso, uma hipótese que já chegou a ser levantada é que, em caso de uma eventual intervenção, o próprio presidente da Oi, Marco Schroeder, poderia ser nomeado interventor da Oi. Na prática, o interventor vai ter carta branca para tocar o processo de negociação com os credores sem a participação do Conselho de Administração, destacou essa fonte.

— São opções na mesa. Uma eventual intervenção só será analisada após a Assembleia Geral de Credores, que acontece na segunda-feira. O governo precisa dar espaço para que os credores se posicionem sobre o atual plano de recuperação judicial apresentado pela Oi. O governo só vai intervir na Oi caso o plano de recuperação da Oi seja reprovado pelos credores e a falência fique perto de ser decretada pela Justiça — explicou a fonte.


A Oi apresentou na semana passada a sua quarta versão do plano de recuperação judicial, que desagradou credores. Na nova versão do plano, a Oi prevê uma capitalização de R$ 9 bilhões. Com isso, os credores podem ter até 40% das ações da Oi. Do outro lado, o principal grupo de credores, liderado pela Moelis e G5, pedem 88% das ações. O grupo considerou que o plano ignora os credores e ameaça a viabilidade da companhia.

Procuradas, Oi e Anatel não quiseram se pronunciar.


                       Fonte: Jornal O Globo